Moradora do Park Way, ao lado de Águas Claras, a deputada federal Flávia Arruda é frequentadora assídua da cidade e de seus serviços. Nesta entrevista ela conta dos projetos para a cidade e como seu mandato tem impactado a vida dos moradores de Águas Claras.
Como é sua relação com Águas Claras?
Vi a cidade nascer e aquele enorme canteiro de obras, o maior da América Latina, virar o lar de muitas pessoas. O Arruda estava ao lado do Roriz quando lançaram o projeto e foi no governo dele que os investimentos em infraestrutura avançaram. Somos vizinhos de Águas Claras, é onde mora minha mãe, meu irmão, boa parte da minha família. Me sinto em casa.
Frequenta os restaurantes e lojas da cidade (antes da pandemia, obviamente)?
Eu frequento muito os serviços de Águas Claras e construí uma relação de amizade com os comerciantes. Desde farmácia, restaurante ou qualquer outra necessidade. É uma região que segue em expansão e por isso também continua atraindo novos empreendimentos e consumidores.
Como tem sido exercer o mandato de Deputada Federal durante o isolamento?
É um desafio, mas o encaro com a responsabilidade que o momento exige, especialmente de quem ocupa algum cargo público. Temos nos debruçado em projetos e medidas que possam atender a população, preservar as vidas e cuidar daqueles que estão em vulnerabilidade. Aprovamos o auxílio emergencial, recursos para o combate ao coronavírus, ajuda aos estados, aos pequenos empresários, mas teremos ainda muitos desafios pela frente.
Quais suas perspectivas para a cidade no pós-pandemia? O que acredita que vai ser diferente?
A pandemia vai deixar muitas e tristes lições. Enfrentaremos ainda dificuldades, tanto no campo da saúde pública, como na economia e especialmente no combate da desigualdade. Será preciso manter essa consciência de comunidade, em que uma decisão particular, pode impactar todos. E um entendimento de que precisamos rever políticas públicas essenciais como o fortalecimento da saúde pública e da assistência social.
O isolamento, apesar de necessário, tem causado muitas perdas econômicas, principalmente para as pequenas empresas. No caso de Águas Claras, restaurantes, academias, escolas e lojas de rua são os motores da economia. Você acredita que essas empresas serão capazes de superar este período fechadas?
Eu acredito muito na capacidade e garra destes empreendedores. Tenho acompanhado de perto o esforço de muitos para garantir os postos de trabalho, mas não é fácil. É necessário um apoio e diálogo com o governo. Votamos no Congresso a ampliação do auxílio emergencial, o suporte para que o governo pague parte dos salários de quem teve a jornada reduzida, acesso à crédito e outras medidas. É importante que elas cheguem nesses pequenos e médios empresários e sigam sendo avaliadas e aperfeiçoadas.
Como coordenadora da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher, como tem visto o aumento de casos de agressões durante a quarentena? O que fazer para evitar a violência dentro de casa?
É outra epidemia que precisamos combater. A ONU estima um aumento de 20% dos casos de violência doméstica no mundo e no Brasil certamente não será diferente. Tenho acompanhado os registros e as medidas tomadas pelos governos. É um enfrentamento que exige uma ação multidisciplinar, envolve a justiça, secretarias de segurança, saúde, mulher, desenvolvimento social… É preciso romper esse machismo cultural que está arraigado na nossa sociedade. O que todos nós podemos fazer é ser rede de apoio para quem está passando por essa violência e denunciar os casos.
Como tem sido sua relação com o Governo do Distrito Federal?
O governador Ibaneis Rocha, assim como toda a população, tem em mim todo o apoio e suporte para realizar o que for positivo para nossa cidade. Temos lutado por recursos e já destinei quase R$80 milhões para o DF. Recentemente ele e a primeira-dama retomaram um projeto meu, o Mãezinha Brasiliense, que vai atender centenas de mães e crianças, também acolheu a sugestão de voltar com a Cesta Verde e os investimentos nos restaurantes comunitários. O mais importante é que quem ganha é a cidade.
Como seu mandato tem se relacionado com Águas Claras? É possível que um parlamentar consiga trazer melhorias na infraestrutura da cidade?
Destinei R$21 milhões para infraestrutura já no primeiro ano de mandato. Não é só possível, como necessário levar melhorias para a cidade. Tenho conversado muito com lideranças comunitárias, mas também com o governo para que os projetos e estudos estejam prontos e estes recursos são se percam. O Túnel de Taguatinga, por exemplo, é um projeto que ficou na gaveta por dez anos e ajuda diretamente o trânsito de Águas Claras. Meu sonho também é ver a interbairros construída. Um projeto com sete pistas de cada lado, entre Águas Claras e Arniqueiras, uma solução definitiva para a cidade.