Um adolescente de 15 anos precisou ser internado na UTI de um hospital particular após ser agredido por um colega dentro da sala de aula no Colégio Objetivo, unidade de Águas Claras. O episódio ocorreu na última quarta-feira (7) durante a troca de professores e deixou a comunidade escolar em alerta quanto à segurança no ambiente educativo.
De acordo com a mãe da vítima, o jovem começou a sentir dores intensas no abdômen ainda na escola. Ao chegar em casa, percebeu sinais de sangue na urina. Levado ao hospital pelo padrasto, o adolescente foi submetido a exames que detectaram um trauma no rim, compatível com uma pancada. Ele segue internado para avaliação da evolução do quadro clínico, sem previsão de alta. A família teme que seja necessária uma cirurgia de alto risco, com possibilidade de comprometimento permanente do órgão.
“Meu filho me ligou com muita dor. Depois, percebemos o sangue na urina. É inaceitável que isso aconteça dentro da escola”, relatou a mãe, abalada com a situação. Ela preferiu não se identificar por questões de segurança.
Segundo informações repassadas pela família, a agressão teria ocorrido após um desentendimento entre os alunos. O agressor, de 16 anos, desferiu um soco na região abdominal da vítima. O estudante ferido tentou esconder o ocorrido inicialmente, temendo represálias.
Envolvimento em outro caso grave
A Polícia Civil confirmou que o estudante responsável pela agressão também foi apreendido por participação em um ato infracional análogo à tentativa de latrocínio, ocorrido no final de março. O crime, no entanto, não tem relação direta com a escola e envolveu outros jovens que não fazem parte da instituição de ensino. Segundo a polícia, a vítima foi atacada com uma faca e teve o celular levado. O corte foi superficial e a pessoa sobreviveu.
A Vara da Infância e da Juventude solicitou a internação provisória do adolescente por 45 dias. A escola reforçou que os demais envolvidos nesse outro caso não têm qualquer vínculo com o Colégio Objetivo.
Diante do trauma vivido, a família do jovem agredido já decidiu transferi-lo de escola assim que ele se recuperar. “Ele está com medo, envergonhado e sem condições emocionais de voltar. Estamos até cogitando sair de Águas Claras”, afirma a mãe.