A estruturação do Parque Central e do Parque Sul é o sonho dos moradores de Águas Claras. O parque é composto por um conjunto de terrenos no centro da área vertical da cidade, criando um oásis entre os prédios, com áreas de lazer, destinados ao esporte, cultura e à contemplação, além de quebrar o horizonte marcado por altos edifícios.
O projeto está em fase de finalização. Escolhida por concurso, organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil por encomenda da Terracap, a solução do estúdio Sidônio Porto Arquitetura, “responde, de forma brilhante, ao desafio de um programa complexo, através de uma linguagem paisagística integradora”.

O Parque Central e o Parque Sul são entrecortados por ruas e pela linha do metrô, o que demandou soluções para integração e a livre circulação das pessoas por toda a área

Fase de aprovação
Após a escolha do projeto do parque, o estúdio desenvolve agora todas os projetos das estruturas internas, dos bosques à pista de skate, passando por prédios de convivência, passarelas e os belos arcos, destaque do projeto. A Praça dos Arcos, uma praça longilínea com arcos metálicos recobertos de vegetação, sobre a linha do metrô, que, além de servir para integrar os dois lados da cidade, vai servir como ponte sobre a linha férrea, e como local de concentração de pessoas, para a realização de eventos. A praça candidata a novo cartão postal da cidade, fica ao lado de um anfiteatro, um borboletário e próximo ao Centro Administrativo do parque, onde devem se concentrar as atividades do complexo.

O arquiteto Sidônio Porto tem visitado Brasília frequentemente para discutir o projeto com os técnicos da Terracap. A expectativa é que o órgão conclua as aprovações até o fim de 2018

O projeto prevê uma área de recuperação e soltura de aves silvestres, sanitários, lanchonetes, estacionamentos arborizados em toda sua extensão, quadras poliesportivas e campos de futebol, pista de skate, escritório horto botânico, lagos, horta comunitária, pistas de caminhada ciclovias e principalmente, passarelas interligando as áreas, um dos destaques do desenho arquitetônico.
Uma comissão da Terracap analisa cada estrutura e aprova o conjunto, que então poderá ser licitado pelo Governo do Distrito Federal já no próximo ano. Como o parque é dividido por lotes, há a possibilidade da implantação gradual, ou mesmo de uma parceria público privada ser proposta em algumas estruturas com possibilidade de exploração comercial, como as pequenas lojas, lanchonetes e centros de convivência.

Estacionamentos e feira
Ainda que seja uma demanda dos comerciantes e moradores ao longo do parque, a área vai prever estacionamento suficiente apenas para suas próprias atividades, mantendo sua vocação, o que impede os pedidos de ocupação das áreas públicas adjacentes aos prédios comerciais feitos por bares e shoppings. A Feira Livre também não recebeu local definitivo dentro do projeto do parque, mas segundo o próprio arquiteto Sidônio Porto, o projeto do parque contempla áreas para eventos e concentração de pessoas e podem, se assim desejarem os seus gestores, receber a feira no futuro.

A arquiteta Lucia Porto (à esquerda), uma das responsáveis pelo projeto do Parque Central e Parque Sul de Águas Claras, veio à Brasília para reunir-se com a equipe da Terracap para dar andamento à parte final do projeto.
O escritório paulista de arquitetura Sidônio Porto venceu o concurso que escolheu o projeto do parque.

Os arquitetos
Sidônio e Lúcia Porto, ao lado do filho Márcio Porto, e de Sidney Linhares, são os nomes à frente da Sidônio Porto Arquitetos Associados. Com quase 50 anos de história, o estúdio tem tradição m projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo para centros administrativos, parques industriais, parques, praças e espaços urbanos, públicos e particulares em várias cidades e locais do Brasil e do exterior, tendo participado e ganho inúmeros concursos.

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