Desde 2005, no dia 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. É uma forma de ampliar a conscientização pelo respeito ao portador de deficiência. A data foi escolhida pela proximidade com a primavera (23 de setembro) e coincide com o Dia da Árvore. Apesar de oficializada somente em 2005, movimentos sociais já reivindicavam um dia especial desde os anos 80. No Brasil, cerca de 45,6 milhões de pessoas declararam ter ao menos um tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população brasileira, segundo o IBGE.
No Guará uma escola de dança vem desenvolvendo um trabalho de inclusão social para a população cadeirante. O Instituo Avivarte, fundado em 2006 por Janaíres Pires Mendes (Jane), está realizando suas atividades provisoriamente na prefeitura comunitária do Guará Park, oferecendo aulas gratuitas aos cadeirantes e seus familiares.
O projeto nasceu quando Jane procurou alguma atividade física que auxiliasse no seu problema de saúde, a fibromialgia. Foi quando ela descobriu o prazer e os benefícios que a dança produz no corpo de quem a pratica, e decidiu transmitir isso a outros portadores de deficiênaia. Começou com um pequeno trabalho voltado para crianças e idosos em uma igreja, e como era esperado, o resultado foi contagiante. Depois disso, ela decidiu criar o instituto, que traz como lema principal “Dança, Arte e Cidadania”.
O Instituto Avivarte oferece aulas de danças para todos os tipos de deficiência ou dependência, cadeirante ou não, através dos mais variados ritmos musicais – ballet, street dance, jazz, contemporâneo, dança inclusiva, zumba fitness e dança de salão. Um dos diferenciais do Instituto Avivarte é o papel que ele desempenha na sociedade. Alunos da rede pública de ensino tem desconto de 50% na mensalidade em qualquer modalidade, mas para os cadeirantes de todo Distrito Federal as aulas são gratuitas e os moradores em geral do Guará pagam R$ 95 ao invés de R$110 (valor normal da mensalidade na escola).
Participação de parente
Nas aulas específicas para deficientes é solicitada a participação de algum familiar – pai, mãe, irmão ou qualquer parente -, para interagir e facilitar a locomoção durante a aula. Jane explica que a participação do parente é importante porque a rotina da família que tem um deficiente em casa não é fácil, porque inclui terapias, consultas, alguns têm crise… Para a maioria deles é uma rotina cansativa e extensa, e no momento da aula ambos se soltam, relaxam e estreitam os laços de amor. Hoje o grupo de cadeirantes conta com 21 integrantes.
“A dança foi algo que me fez tão bem quando eu precisei que me faz querer repassar isso a quem precisa também, por isso não cobro pelas aulas dos deficientes”, explica Jane.“Os benefícios não são apenas para os cadeirantes, é para a família toda”, completa. As aulas acontecem às segundas e terças-feiras às 19h30. Não há uma faixa etária mínima exigida para participar – até mesmo bebês são convidados a fazer parte dos grupos.

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