O atual administrador regional de Águas Claras desde o início do governo de Ibaneis Rocha é o empresário Ney Robsthon. Seu nome causou surpresa ao ser anunciado. Ney não frequentava os círculos políticos da cidade, não teve um papel na campanha eleitoral vitoriosa e não circulava nas reuniões comunitárias de Águas Claras. O empresário foi escolhido pessoalmente pelo governador para a assumir a Administração da cidade, o que causou ciúmes nos candidatos autoproclamados ao cargo. Até rumores que o empresário não vivia na cidade e não conhecia Águas Claras circularam nas redes sociais.

Ney Robsthon e Cristiane Fimiê abriram a Quattro em 2012. É ela quem
está à frente do restaurante hoje, que tem feito muito sucesso na cidade

Cidadão típico
A verdade é que Ney Robsthon é exatamente o perfil hegemônico dos moradores de Águas Claras. Sua experiência com a cidade veio de dois ramos onde atuou nos últimos anos: o mercado imobiliário e o paisagismo. Ele e sua esposa Cristiane Fumiê investem em Águas Claras há muito tempo. Aliás, o atual negócio do casal, a Pizzaria Quattro, é resultado de um destes investimentos. “Compramos oito lojas no Edifício Azaleas e quando ficaram prontas, tivemos a ideia de abrir o restaurante, diante da dificuldade de locar o espaço”, conta Cristiane, quem comanda a Quattro hoje. A paixão pela gastronomia italiana e o tino para negócios rendeu para Águas Claras uma das melhores casas de massas e risotos de Brasília (a casa está com uma promoção de inverno com risotos para duas pessoas por R$ 49,90).

Atenção aos detalhes
O negócio do casal Ney e Cristiane impressiona nas pequenas coisas. Desde o cuidado na escolha dos ingredientes dos pratos, à decoração rústica e intimista, mas elegante. Essa atenção aos detalhes é o que Ney que imprimir também na Administração Regional de Águas Claras. Seus planos são justamente cuidar da cidade em microprojetos, na escala humana da cidade.
Hoje, seu principal projeto são as calçadas no Setor Vertical. Ele conseguiu que uma obra de R$ 800 mil fosse iniciada, com recursos garantidos pela deputada Telma Rufino. Apesar da destinação dos recursos, não há relação política entre a deputada e o administrador, diferente do que aconteceu durante todo o governo passado. “Converso com todos os deputados distritais, que são bem vindos na cidade e podem investir sem medo em Águas Claras”, declara Ney. Além das calçadas feitas pelo governo, obra acompanhada de perto pelo administrador, a fiscalização tem feito um trabalho constante para que as calçadas particulares sejam adequadas à legislação. Pelo menos 500 condomínios foram autuados e metade deles começaram as obras.
Outro ponto que a Administração tem se debruçado sobre são as pequenas intervenções no trânsito, principalmente em balões e entrocamentos. Do balão da Unieuro aos balões internos, várias mudanças têm sido estudadas, inclusive com o investimento em transporte público. Hoje, a cidade conta com dez linhas regulares de ônibus, além do metrô. O próximo projeto é a construção da nova saída de Águas Claras, passando pelo parque. Esta obra provavelmente será construída com dinheiro de compensação ambiental, paga por construtoras da cidade, oque pode agilizar sua construção.
Outro foco é na construção do Posto de Saúde do Setor Vertical. “Garantimos que o terreno fosse oficializado à Secretaria de Saúde e estamos passando pelos entraves burocráticos para começar a construção do posto e seu posterior funcionamento. Mas, como é um projeto que envolve vários setores do governo, é natural que burocracia atrapalhe um pouco”, diz ele.

Teve início a obra de pavimentação da faixa adicional para a EPTG, no balão da Unieuro. O projeto da obra é da Administração de Águas Claras e tem o apoio dos órgãos do Governo do Distrito Federal: DER, CEB e DETRAN e do Centro Universitário UNIEURO

Foco
Concentrar-se nos detalhes tira de foco os grandes projetos para a cidade. Por serem grandiosos e dependerem de muito dinheiro, passam batido pela gestão de Ney. Alguns desses exemplos é a construção do Parque Central, que mudaria a cara de Águas Claras, a Via Interbairros, ou Transbrasília, a demolição dos esqueletos de construções das cooperativas, e até mesmo a construção da sede da Administração Regional, cujo aluguel da sede atual consome mais de R$ 10 milhões anualmente.
Mas, esse apego aos detalhes é no entendimento do administrador, o que reduziu consideravelmente a resistência ao seu nome. Hoje, grupos isolados, reunidos basicamente nas redes sociais, lhe fazem uma oposição sistemática. A mesma oposição que todos os ex-administradores sofreram.

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